A
inesperada mancha misteriosa que surge na atmosfera marciana é
observada em altitudes orbitais de entre 93 milhas (150 quilómetros) e
190 milhas (300 quilómetros) acima da superfície.
A
inesperada mancha misteriosa que surge na atmosfera marciana é
observada em altitudes orbitais de entre 93 milhas (150 quilómetros) e
190 milhas (300 quilómetros) acima da superfície.
O
vaivém espacial norte-americano MAVEN (sigla inglesa para Evolução
Volátil e Atmosférica de Marte) anunciou hoje ter observado uma grande
poeira de nuvem ou uma aurora excecionalmente brilhante, que atinge
profundamente a atmosfera marciana.
A MAVEN é a
primeira sonda encarregada de desvendar os mistérios do desaparecimento
de grande parte da atmosfera de Marte num passado longínquo, e está na
órbita marciana a seis mil quilómetros de altitude, mas, em cinco
ocasiões diferentes, descerá a 125 quilómetros para obter leituras dos
vários níveis da atmosfera.
De
acordo com uma nota hoje divulgada pela NASA, a inesperada mancha
misteriosa que surge na atmosfera marciana é observada em altitudes
orbitais de entre 93 milhas (150 quilómetros) e 190 milhas (300
quilómetros) acima da superfície, mas "tem origem e composição do pó
desconhecidas".
A agência norte-americana assegurou que a poeira de nuvem não representa perigo para esta e outras naves espaciais em órbita em Marte, mas não sabe dizer se é um fenómeno temporário ou algo duradouro, nem sequer se existe algum processo conhecido em Marte que possa explicar o aparecimento de poeira nos locais observados durante cinco dias.
A agência norte-americana assegurou que a poeira de nuvem não representa perigo para esta e outras naves espaciais em órbita em Marte, mas não sabe dizer se é um fenómeno temporário ou algo duradouro, nem sequer se existe algum processo conhecido em Marte que possa explicar o aparecimento de poeira nos locais observados durante cinco dias.
Citada no
comunicado hoje divulgado na página da Internet da NASA, Laila
Andersson, investigadora do Laboratório de Física Atmosférica e Espacial
da Universidade do Colorado, em Boulder, considerou que, "se o pó tem
origem na atmosfera, isto sugere que se está a desperdiçar algum
processo fundamental na atmosfera de Marte".
"A densidade da nuvem
é maior em altitudes mais baixas. No entanto, mesmo nas áreas mais
densas ainda é muito fina. Até o momento, nenhuma indicação de sua
presença tem sido vista em observações de qualquer dos outros
instrumentos de MAVEN", refere a nota.
A nuvem foi detetada pela Langmuir Probe and Waves (LPW), Sonda e Ondas Langmuir, um instrumento que explora o limite e a densidade da ionosfera, permitindo fazer o cálculo da fuga atmosférica.
A nuvem foi detetada pela Langmuir Probe and Waves (LPW), Sonda e Ondas Langmuir, um instrumento que explora o limite e a densidade da ionosfera, permitindo fazer o cálculo da fuga atmosférica.
"O que é especialmente surpreendente na Aurora que vimos é o quão profundo ocorre na atmosfera - muito mais profundo do que na Terra ou em outro lugar em Marte", disse Arnaud Stiepen, membro da equipa de pesquisadores da Universidade de Colorado.
O investigador principal da missão, Bruce Jakosky, considerou "excelentes" os dados da missão espacial, cujos resultados foram apresentados numa Conferência de Ciência Planetária, que decorre no Texas.
Em novembro de 2013, a MAVEN entrou na órbita do planeta vermelho para desvendar os mistérios do desaparecimento de grande parte da atmosfera de Marte num passado longínquo, e está a tentar verificar quanto e quais os tipos de radiação que estão a chegar ao Sol e em outras fontes cósmicas, e pretende perceber como isso afeta a atmosfera superior daquele planeta.
Fonte: http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=4461531&page=-1
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